Tristeza me desculpe, saudade me perdoe, mas a minha
ansiedade não resiste a beleza da vida, e eu quero amar, quero sair, quero
viajar, não suporto a angústia, e para mim, a solidão tem cheiro de naftalina.
Não adianta, eu e a tristeza não combinamos,
Ela prefere o isolamento, eu adoro os amigos,
Ela quer o choro, eu prefiro rir, rio até de mim,
Em tudo ela vê tragédia, eu, oportunidades,
Ela quer a prisão, e eu a liberdade,
Ela ouve músicas que trazem lembranças, eu canto a
esperança...
A tristeza pega sempre de surpresa, quem ainda não entendeu
a fórmula do amor: se amamos apenas o que pensamos possuir, isso não é amor, é egoísmo se amamos excessivamente os bens
que conquistamos, isso não é amor, é avareza, se amamos o que os outros
possuem, isso não é amor, é inveja, se amamos e insistimos em fazer alguém
feliz, sem esquecer da própria felicidade, descobrimos finalmente que o amor é
um dar-se sem fim, é um querer além do querer-se, um encontro com a própria
alma, que suspira apaixonada pela presença de outra alma, almas que se encontram na caminhada, na longa estrada, que
insistimos em chamar de VIDA.
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